Leituras imperdíveis

terça-feira, 10 de julho de 2012

Música e solidão!!!

Eu só queria que você me amasse, sem medos, sem amarras, sem olhar pra trás, pro passado, pro que passou ou pro que talvez ainda não tenha passado. Eu só queria que ao me olhar você se achasse um homem de sorte, porque o amor não bate à nossa porta todo dia, não é? E não é sempre que a gente se sente assim, angustiado e feliz, intrigado e contente, carente e cheio de amor pra dar. Não é sempre que dores inteiras derretem-se com um simples sorriso ou com um “eu te amo” todo desengonçado ou até com a ausência de um "eu te amo". Eu só queria que ao me olhar você tivesse a nítida sensação de que nada mais importa e que a vida é linda e que acordar sorrindo é possível. Eu só queria que dentro do seu coração a porta estivesse aberta e eu pudesse chegar de mansinho, entrar e fazer minha morada e de repente ver que ele é meu lar e que eu me sinto verdadeiramente em casa. Tá, a essa altura do campeonato, eu só queria que a porta não estivesse fechada. Mas parece que ela está e que seu morador é o medo, o monstro chamado medo que mora nas nossas inseguranças, no nosso ciúme, na nossa pouca disponibilidade pra se lançar no mar de incertezas que é o amor. Eu só queria que as palavras duras ficassem do lado de fora do mundo, do lado de fora da gente, do lado de fora do que está dentro da gente. Eu só queria ser feliz, com tudo de angustiante e incerto e belo que existe. Eu só queria que você me visse, uma nota "sol" dessa música que já não se aguenta de tão repetitiva. Eu queria ser um "Lá", que canta sem "dó" nem piedade. Eu só queria musicar a vida e fazer dela uma bela canção, de preferência em dueto. É triste a carreira solo! Nunca se ouve mais que o som de nossa própria voz. E ela ecoa tanto que chega a doer.

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