Leituras imperdíveis

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Eu não sou deste mundo!!!


Eu não sou deste mundo... .Isso mesmo... Sinto demais. Choro demais. Sofro em demasia até por aquilo que não deveria...
Eu não sou deste mundo... Não quero o pouco... Não vejo graça numa vida mesquinha... Me entristeço todos os dias com coisas que os outros acham normal...
Eu não sou deste mundo... Remexo minhas feridas como quem espera que assim elas não sejam esquecidas... Como se tivesse que senti-las todos os dias... Como se só as cicatrizes não fossem o bastante para ter a certeza de que já sofri demasiado.
Eu não sou deste mundo... Eu sonho demais. Espero demais... Sinto impiedosamente a falta e a dor de tantas frustrações...
Eu não sou deste mundo... Cautelosa demais. Medrosa demais. Pessimista demais... Escondida entre desejos nunca expressos.
Eu não sou deste mundo... Busco infinitamente as estrelas no meio da escuridão... Em névoa, elas nunca estão lá... Talvez todos as vêem... Menos eu...
Eu não sou deste mundo... Me inquieto com injustiças. Não suporto mal-tratos e não me contento com menos do que acho que mereço...
Eu não sou deste mundo... Entendo demais. Compreendo demais... Boazinha demais? Talvez... Quisera conhecer a aspereza de sentimentos e palavras... A frieza do não sentir...
Eu não sou deste mundo... E nem de outro... Porque não há mundo que baste a um coração errante...

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Tempo!!!


Tempo...
Contra o tempo... Desejos dormentes de quem espera algo que não se concretiza...
E o tempo que se tem...
E o tempo que não se tem...
E o tempo que não vem...
Aquele tempo de alegrias indubitavelmente necessárias...
Dias felizes...
Dias que se vão perdidos no tempo...
Tempo de amar...
Tempo de chorar...
Tempo de viver...
Tempo de ver crescer ou de ver morrer aquilo que nem nasceu...
Tempo de se fazer crer no amanhã...
Tempo de mudar? Será?
Mudar... Como se o tempo que se viveu fosse em vão...
Mudar e ir em busca de um novo tempo?
E esse tempo chega para todos?
Vive-se apenas
O tempo que o tempo permitir...

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Saudade que não tem fim!!



Vivo de saudades eternas, de faltas que nunca se completam.

Saudades de desejos, pessoas, coisas.

Saudade do que já foi e até do que não foi.

Saudade do que nem mesmo tem nome. Daquilo que ainda nem existe.

Vivo de saudades inestimáveis, daquelas que se cuida pra que nunca passem, simplesmente porque ter de quem sentir saudade é um sinal de que se está vivo, mesmo que pela metade...

Vivo de ausências doloridas, o que me causa saudade de mim, de quem sou, de quem poderia ser, de quem jamais poderei ser. Porque não ser e sofrer por isso também é saudosista.

Vivo de saudades que apertam, machucam, dilaceram, acinzentam o dia, tornam tudo nada demais.

Vivo de saudades ou morro de saudades? Saudades em mim, de mim, e por mim. Afetos não entregues de carinhos inevitavelmente reclusos.

Saudade de ter você por perto, com jeitinho arretado de quem espera que a vida seja simples, boa, bonita e quem sabe completa. Até que tudo se esvai e reste nada mais que uma dolorosa saudade preenchendo(?) o peito e o vazio da noite fria.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Viver e não ter a vergonha de ser feliz!!!


Decretado o dia da queda do muro de lamentações.
Abaixo todas as velharias de vivências tristes, descrenças, arrependimentos, mágoas e tudo aquilo que nos enraíza em um mar de sofrimento sem fim.
Abaixo o sentimento de rebeldia adolescente, de raiva do mundo, e de faltas sem sentido.
Abaixo aqueles velhos erros do passado que se entranham em nós em forma de medo paralisante.
Abaixo as lembranças dolorosas, as cartas nunca entregues, as palavras não ditas, a dor pela ausência daquilo que não foi.
Abaixo a fuga do contato profundo e verdadeiro com o outro. A falsa sensação de segurança. A paralisia de viver temeroso e receoso de se fazer conhecer.
Abaixo a sensação de estranhamento no mundo, de auto-conceito impiedoso de quem pensa demais sobre si mesmo sem nunca ter respostas.
O que resta?
O banho na chuva sem se preocupar em como o cabelo vai ficar depois ou no julgamento dos observadores transeuntes.
A gargalhada solta, aberta, completa. Daquelas que ecoam até mesmo no coração de quem não aprendeu a sorrir.
O abraço gostoso, inteiro, de entrega. Daquele que diz tudo mesmo no silêncio.
O cheiro, no cangote, no rosto, nos olhos, no coração de quem corajosamente decidiu-se pelo amor.
O amor, de mãe, de pai, de irmão, de amigo. Daqueles amores que não cabem no peito de tão infinito.
O carinho, exagerado, estremado, enlouquecido de quem não teme ser tachado de maluco. E é loucura a gente decidir viver? E ser? E sentir?
Resta-nos a decisão por lançar-nos nas incertezas do que está aqui, agora.
Viver essa vida confusa, transloucada e não esperar por outra.
Porque a felicidade pode estar aqui do lado. Do meu, do seu, do nosso.
Ao lado de quem acorrentado, chora pelo que já foi e esquece de dar chance ao que virá.
Mantém-se intacto olhando dolorosamente pra trás e não vê o sol iluminando o dia.
Este mesmo sol que nasce todos os dias eternizando os novos ciclos de descobertas de si e do mundo.
E isso é garantia de não sofrimento? Provavelmente não, mas quem disse que viver e ser feliz não pode ser uma doce e fascinante aventura pelas entranhas de um caminho desconhecido?

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Meio sem querer


Meio sem querer, a aproximação inevitável.
Meio sem querer, a gente foi se querendo.
Meio sem querer as resistências se foram.
Meio sem querer e sem pensar em mais nada a entrega acontece.
Meio sem querer e sem pudores, sem medos ou grandes elocubrações a entrega se repete. De novo, e de novo.
Meio sem querer o coração vai sendo tomado por sentimentos confusos de desejo, afeto, carinho, saudade.
Meio sem querer, um sorriso maroto, um jeitinho tosco, uma lembrança boa.
Meio sem querer tudo começou a ficar muito mais importante?
Meio sem querer cobranças começam a ser feitas.
Meio sem querer expectativas surgem, definem-se e instalam-se.
Meio sem querer o coração se machuca.
Meio sem querer, a solidão.
Meio sem querer a doce saudade, já não tão doce assim, surge novamente.
Meio sem querer, o vazio.
Meio sem querer, voltar a viver, expor-se às contingências novamente.
Meio sem querer, recomeçar é a única escolha possível.
Até que novamente, meio sem querer, o ciclo inicie.
E entre idas, vindas e recomeços, meio sem querer, o desejo sempre é de que o amor aconteça.
Assim, meio sem querer, como um tropeço, como uma brisa suave, como um amanhecer.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Lembranças!!!


Olhe para mim com o desejo de memorizar cada detalhe. Passeie pelos cabelos, delicie-te com o aroma e o movimento oscilatório em direção ao vento. Guarde para sempre...cada gesto, cada olhar, cada maneira peculiar. Cada sorriso, cada perfume. Tudo de mim e em mim. Geograficamente, a lembrança de cada ínfimo e profundo sentimento marcado em seu (meu) coração. Pequenos indícios de que serei eternamente sua...

Enlaça-me nos teus braços,

Como se fosse o fim dos tempos,

Como se a vida não existisse,

Aquém e além de nós...



sábado, 29 de agosto de 2009

Tudo Novo de Novo

Essa música do Paulinho Moska sempre me vem à lembrança e de certa forma ela se tornou meio que um mantra pra mim. Os que acreditam em mantra que me desculpem, mas se é pra eu ficar repetindo uma frase sem sentido, prefiro uma que faça algum sentido, pelo menos pra mim...

Por isso que inevitavelmente diante de determinadas situações costumo repetir: “tudo novo de novo”. Essa frase pra mim tem um sentido de renovação, recomeço, reinvenção, recriação. Construir um mosaico de emoções, sentimentos, vivências, experiências velhas e novas. O conhecido e o desconhecido. O que já foi com o que será e até com o que não será.

E vou vivendo a vida assim: às longas tragadas, aproveitando cada minuto com se fosse o único. E foda-se o planejamento, o futuro. O doloroso “e se...” não me pertence mais. Pelo menos eu tenho jurado a mim mesma que quero aposentá-lo de vez do meu repertório de lamentações .. Quero o agora, o já, o hoje. O novo, de novo e de novo.

E se no meio disso tudo alguma coisa der errado? A gente levanta e começa a cantar: “É tudo novo de novo. Vamos nos jogar onde já caímos”

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhh eu odeio me sentir assim!!!

Incrivel quando tudo parece estar bem e de repente acontece uma coisa completamente inusitada, inesperada, surreal e você fica assim: num desespero só e com a cara no chão...
Eu odeio ter que lidar com a ansiedade que certas situações me geram. É tão crítico que eu simplesmente paraliso, não consigo dizer uma palavra sequer, e pior, depois ainda me sinto culpada por não ter dado conta e ter respondido à situação da pior maneira possível.
Quando vou aprender a controlar o impulso de pedir desculpas e de sofrer por algo que não é culpa minha?
Quando vou aprender que as coisas são como são e que não há nada que eu possa fazer para mudar isso?
Como é que a gente simplesmente aceita de coração aberto que não tem mais jeito e que o tempo não vai voltar pra você fazer diferente?
Quando vou poder vivenciar a certeza de que a vida pode ser mais leve e que o mundo não precisa ser assim tão feio?
Uma certeza eu tenho: dói, e dói pra caralho, criar expectivas que não se realizam, mesmo você tendo a certeza de que você nunca deveria tê-las criado.
Taí, de novo, a culpa SEMPRE é toda, completamente e absolutamente MINHA!!!! E tudo que eu queria era poder jogá-la nas mãos de alguém...
Ô MUNDINHO FILHO DA MÃE!!!!